quarta-feira, 24 de junho de 2009

Caminhos...

Não eram as nuvens que tapavam o sol naquele dia, a escuridão provinha de dentro dela. Um prazer que ela não conseguia mais renunciar. Estava maravilhosamente e apaixonadamente egoísta. Disposta a ceder à pressão, ela falou tudo o que havia em seu coração. Um coração que talvez não saberia abrigar um envolvimento tão intenso naquele momento.
.
Ela teria dificuldade em controlar esse sentimento que já a aterrorizava. Falaria com uma voz suave, diria palavras belas, palavras puras e sinceras. Pegaria sua mão. Entregar-se-ia para ele.
.
Nos primeiros encontros apenas conversavam. E se entendiam nas palavras ditas e nas não ditas também.
.
E, por fim, fizeram amor, não foi nada extraordinário a principio, mas isso não importava muito, porque seus corpos finalmente se tocavam. Depois iriam se acertar. Tinha sido apenas um começo, uma possibilidade de relaxar e respirar para o que ainda aconteceria. Um amor profundo com renúncia, compreensão e espera com benevolência ou uma paixão violenta com gritos, fugas, encontros e desencontros.
.
Qual caminho seguiriam?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Em terapia


.....Um impulso irresistível a levara a aproveitar daquela tarde deliciosa. Uma intimidade mascarada, insuflada pelo talento de ambos para conversação. Ela revelara todos os seus segredos. Agora já não sabia se deveria ter feito, mas não iria pensar nisso agora.
.
....Como não sabia como dizer aquilo que ela própria desconhecia, preferiu ser direta. Como sempre fora. Havia pressa. Tanta coisa para dizer e tantas coisas poderiam acontecer.
.
.....Gostaria de viver aquilo tranquilamente e intensamente. Mas poderiam surgir ali sentimentos de ciúmes e isso não lhe parecia algo positivo.
.
.....Mas tudo bem, um roteiro seria escrito, depois repassado, corrigido, reescrito, cenas cômicas seriam acrescentadas, e assim seria, como num possível caso de amor romântico. Tudo terminaria bem, ela precisava acreditar nisso. Seria uma experiência válida.
.
.....Como na vida de escritores. Uma vida com alguns erros, contraindo algumas depressões, para depois colher os frutos e escrever um novo livro.
.