Outras existências por mais insípidas que fossem,
tinham pelo menos a possibilidade de um acontecimento.
O futuro era um corredor escuro que tinha ao fundo, uma porta bem fechada.
Não se ouviam os pássaros, tudo parecia estar morto naquela manhã.
Mas era sobretudo nas horas das refeições que ela ficara mais entediada.
Toda a amargura de sua existência parecia-lhe servida em seu prato.
E a noite, freqüentemente obstinava-se a não sair. Achava-se gorda e feia.
Vira pessoas que pareciam felizes pela janela, invejou aquelas existências tumultuadas.
As noites dissimuladas, os insolentes prazeres com todos os desvarios que não conhecia.
Irritava-se com um telefone tocando ou com uma porta entre-aberta,
Não se ouviam os pássaros, tudo parecia estar morto naquela manhã.
Mas era sobretudo nas horas das refeições que ela ficara mais entediada.
Toda a amargura de sua existência parecia-lhe servida em seu prato.
E a noite, freqüentemente obstinava-se a não sair. Achava-se gorda e feia.
Vira pessoas que pareciam felizes pela janela, invejou aquelas existências tumultuadas.
As noites dissimuladas, os insolentes prazeres com todos os desvarios que não conhecia.
Irritava-se com um telefone tocando ou com uma porta entre-aberta,
lamentava-se pelo vestido que não possuía, pela felicidade que lhe faltava,
por seus sonhos grandes demais. Enfastiava-se com tudo e com todos.
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Entretanto, era tudo dor inútil, pois toda aquela rebelião era mera tensão pré-menstrual, no outro dia ela acordaria com os pássaros cantando em sua janela novamente.
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Entretanto, era tudo dor inútil, pois toda aquela rebelião era mera tensão pré-menstrual, no outro dia ela acordaria com os pássaros cantando em sua janela novamente.
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Isso se ela não se perdesse nesses devaneios que a trespassava.
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