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Os pensamentos mais importantes são o que mais tardiamente são compreendidos, justamente aqueles de que mais precisamos, aqueles pensamentos que nos devora.
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Foi assim que ela terminou sua noite. Assistiu a um belo filme que a fizera chorar, e talvez por isso ela venha agora a divagar - “Sempre vivo tentando esconder meu verdadeiro eu, meu espírito, minha alma, minha essência, meus segredos” - pensou ela - “Estou sempre pronta a me desviar de mim mesmo”.
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Foi assim que ela terminou sua noite. Assistiu a um belo filme que a fizera chorar, e talvez por isso ela venha agora a divagar - “Sempre vivo tentando esconder meu verdadeiro eu, meu espírito, minha alma, minha essência, meus segredos” - pensou ela - “Estou sempre pronta a me desviar de mim mesmo”.
Mas Hoje ela não teve escapatória, pronto, lá estava ela fazendo o que ela sempre evitara - escutar sua alma. O que aconteceu? Ninguém sabe! Talvez a lua estivesse olhando para ela neste momento. Cobrando-a de algo que só elas sabiam.
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Talvez a lua esteja decepcionada. Deve estar cansada da forma como vinha se escondendo. Mas restava uma esperança, a de que ela iria agir no momento oportuno.
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“É tarde demais”! – Pensou. A melancolia de saber que já estava tudo feito, que sua vida já estava consumida pelo seu destino e não tinha mais como escapar de sua sorte, deixou-a num vazio descomedido, numa tristeza sem fim.
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Tudo que era profundo para ela, seu coração reprimia. Na poesia ela compensava. Nas palavras sofridas ela sentia. Na melodia ela chorava. “Ah meu anjo, deixaste a vida lhe passar!” - disse alguém uma vez para ela. - “Agora o Sol não irá mais te acordar e os pássaros não iram mais cantar”.
Tudo que era profundo para ela, seu coração reprimia. Na poesia ela compensava. Nas palavras sofridas ela sentia. Na melodia ela chorava. “Ah meu anjo, deixaste a vida lhe passar!” - disse alguém uma vez para ela. - “Agora o Sol não irá mais te acordar e os pássaros não iram mais cantar”.
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E assim foi vivendo sem subterfúgios, para os restos de dias escuros que ainda lhe haveriam de passar.
E assim foi vivendo sem subterfúgios, para os restos de dias escuros que ainda lhe haveriam de passar.
7 comentários:
Eu estou sempre me enfrentando. Até quando penso em me desviar de "mim mesmo".
Qual foi o filme?
Abraço!
pq não deixou pra publicar hoje???
finados e tals... rs.
barba, minha querida...
seus textos me deixam pensando durante muito tempo... e já aviso que a humanidade não está preparada para tanto tempo de pensamentos vindos de minha pessoa... heuehuehuehuee.
Lamentei com esse filme que não vi, com o desvio que não foi meu, porque justamente hoje resolvi ouvir uma alma.
Mas foi bom rs.
Beijo.
desde que comecei a me enfrentar, não consegui mais parar - e há um momento em que estar sempre nos fundo das coisas, nas verdades mais sujas, nos fatos mais incômodos é caótico e cansa. Mas a alma nunca mais reclamou que eu estivesse fugindo.
é um caminho, e só quando a gente trilha sabe o que vem de bom com ele.
obrigada pelo selinho, moça.
vou linkar você lá no leveza =)
beijo
todo dia escuro, passa, afinal...
beijos, querida e obrigada pela gentil visita, volte sempre que quiser
MM.
Intenso, como sempre. Bonito!
Admito que eu, bobo que sou, gosto de coisas mais levezinhas, mas a trsiteza não deixa de ser muito bela à seu modo.
Beijo
E, ah, respondendo o que você me pediu (suyper atrasado, pra variar, porque eu sou um fiasco):
Dos autores que eu postei lá no Acepipes Citados, meus preferidos são o Borges e o Calvino.
Borges é mais chatinho pra começar, mas depois que se pega o espírito é um tipo de autor que tem muita coisa pra te oferecer, acho que é o meu preferido.
O Calvino tem um humor muito inteligente e muito leve, eu gosto demais dos romances dele. Te indicaria, deixa ver... "O barão nas árvores" ou "O cavaleiro inexistente" ou então, o mais poético e sutil de todos, "Cidades invisíveis".
;)
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