quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Amar

"Amar! Amar!

E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...

Prender ou desprender? É mal? É bem?

Quem disse que se pode amar alguém

Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:

É preciso cantá-la assim florida,

Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada

Que seja a minha noite uma alvorada,

Que me saiba perder... pra me encontrar."


"Eu não sou boa nem quero sê-lo,
contento-me em desprezar quase todos,
odiar alguns,
estimar raros e amar um."


Florbela Espanca
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sábado, 21 de novembro de 2009

Diário da Mulher TPM

Diário idiota, quando eu era jovem achava que tinha definições precisas sobre tudo na vida, aos 13 anos tinha desilusões miseráveis e me sentia desgastada como uma velha mal-amada. Hoje, aos 30 anos, me sinto madura como uma adolescente de 15 anos com as mesmas baboseiras e cretinices de sempre. E é neste contexto cretino que dividirei com você alguns dos meus argumentos que deveriam justificar minha infelicidade geral. Você será meu testemunho da minha vida infeliz.
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Pois bem, meu lar há três anos se situa num presídio. Meu crime: latrocínio. Explico, Tinha um hábito terrível de roubar livros por fatidicamente não ter dinheiro para comprá-los. Antes de cada ação minha de surripiar um livro, eu olhava-o minuciosamente para ver se o mesmo valia a pena. E numa dessas empreitadas perguntei para uma atendente se ela indicaria um livro do Nietsche, o "Assim falou Zarastutra", foi quando a atendente idiota teve o desplante de perguntar-me se eu não queria levar um livro mais simples de se ler.
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Foi, para mim o suficiente para em um ato de fúria lançar-lhe o livro e rachar-lhe a cabeça, a força foi tal que ela caiu batendo diretamente com aquela cabeça oca numa quina. Resultado: morrera ali mesmo, claro que eu não fiquei para saber disto, pois me sentindo a tal, sai com a vingança satisfeita e ainda com o livro na mão. Foda-se, pensei, já bastam os problemas que eu tenho, nunca sei de onde tirar o dinheiro para a comida e a minha ressaca diária reforçava a minha falta de disposição para procurar um trampo.
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É diário, eu tenho a maldição da razão, tô te falando meu bem: pobre, solteira, depressiva, minha vida é um inferno ,convivo com pessoas idiotas, imbecis perfeitas e que se acham felizes e tentar compreender minha fúria seria suicídio total.
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Chegando aqui tomei por resolução alternativa me suicidar. A má qualidade da comida acabou por me convencer a ser uma resolução definitiva. O “adevogadozinho” que tentou me safar dessa teve uma idéia idiota de argumentar que minha fúria provém de uma TPM, pronto, já entrei na prisão taxada como a mulher TPM, queria dar tapa para tudo que era lado. Não creio que seja necessário outras palavras para explicar o ódio que passo por aqui, mas concluirei minha narrativa com uma fala de um personagem do filme" Nascido para Matar":
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“Estou num mundo de merda, mas estou viva e não tenho medo."
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P.s. Post que fiz já faz um tempo para o "Diários Roubados"

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Teoria

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"Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável."

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Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu."

Douglas Adams
(Introdução do livro "O Restaurante no Fim do Universo.")

domingo, 8 de novembro de 2009

Relacionamentos


Quase todos os relacionamentos passam por momentos difíceis. Há vários graus de desajustamentos nas relações. E graças à essas relações que fazem, na maioria das vezes, um psicólogo trabalhar bastante.
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Como existem pessoas com relacionamentos problemáticos. Parece que nenhuma relação é capaz de fazer o outro realmente feliz.
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Você não pode fazer para o outro o que não está disposto a fazer para si mesmo. Ninguém muda para satisfazer a outro.
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Se resolver terminar um relacionamento sem antes trabalhar a auto-estima levará a “roupa-suja” com você e arruinará os relacionamentos posteriores.
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Nenhum relacionamento pode fazê-lo saudável, só você é capaz disso. Permaneça numa relação que traga equilíbrio. Fuja das desequilibradas. Nem mais, nem menos.
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Cultive apenas uma relação quando seus problemas sejam apenas temporários, e que não se originem dela. Fique quando sentir que o amor é possível e não ilusório. Ou fique até ser capaz de rompê-lo com amor.

domingo, 1 de novembro de 2009

...

Ouço sua voz
E penso que em tudo que ainda não vivemos

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Os dias em que não segurei sua mão
As piadas em que não rimos juntos
Os filmes que não assistimos
As palavras que ainda não saíram
Os momentos em que não te beijei
As noites frias em que não fizemos amor.

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Mas o que apavora é em tudo que iremos viver
o momento em que seu corpo estiver perto do meu.

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Sentir seu abraço, sua pele, sua respiração.
Juntos em todo lugar e em lugar nenhum.
Meu medo é que de não quero voltar.
E me perder em ti, no seu olhar
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quando o telefone dela não toca...

Ah mulheres! Vai entender. Um dia quer isso. Outro dia aquilo outro.
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Hoje uma amiga me ligou. Pelo tom de voz já sabia do que se tratava. Fossa na certa. O problema dela? O mesmo de quase todas. Quando o telefone não toca.
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Vivemos intensamente, é verdade. É difícil resistir a um perfume fresco. É difícil resistir a um homem que gosta beber um belo vinho enquanto faz um carinho. Que gosta de ouvir MPB e cita poesias.
É difícil não gostar, sobre tudo, de um homem que faz promessas de uma vida feliz.
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Rapidamente se esquecem das formalidades, das preliminares, de seus planos, se despem e mergulham nessa cilada. Aí nada acontece, o telefone da minha amiga não toca, os promessas desaparecem e provável acontece.
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O meu telefone toca. E como toca.
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domingo, 25 de outubro de 2009

Ao seus pés...


Seria tão mais fácil se pudesse apenas dizer que não passa de uma confusão e que tudo voltaria ao seu devido lugar. Mas não. Há algo acontecendo que simplesmente não tem como voltar, e talvez eu não queira voltar.
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Ficar ao seus pés me aproxima do que há de melhor em mim. Porque de alguma forma você me faz querer ser o que sempre quis ser, mas que sempre por meu descuido esqueci.
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Mas agora estou ao seus pés e você me faz reerguer. Faz-me sentir cada momento, cada sentimento, cada pensamento. Trouxe de volta minha inspiração, aquelas de finais de tardes com céu rosado com cheiro de orvalho.
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Aquela que me orienta e mostra o tão quanto sou tola com meus devaneios. Vejo beleza em tudo que vejo. Minhas intuições estão à flor da pele. Aos teus pés ancoro meus pensamentos e sentimentos. Abro mão das ilusões, apesar de sempre deixar meu coração aberto.
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Transito entre esses dois mundos, paraíso e o inferno. E nesse limiar tento encontrar meu caminho. Se for ao inferno, não sei. Não importa. O que importa agora é somente como farei essa caminhada e quão bela ela me parecerá

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Zen



Recebi esse belo filme da "COMUNIDADE ZEN BUDISTA DE FLORIANÓPOLIS"
Agradeço ao Michel Seikan

A vida do mestre Zen Dogen Zenji em filme.

Um filme perfeito para quem segue o caminho de Buda.


SINOPSE
Filme baseado em fatos reais, ambientado no Japão e na China. Retrata a vida do mestre zen budista Dogen Zenji, durante o turbulento período Kamakura. Seus pais morreram quando ele ainda era muito jovem, e o último desejo de sua mãe era que ele se tornasse um monge e trabalhasse para o bem de todos os seres. A experiência de ter perdido seus pais, deu uma visão especial a Dogen para a natureza fugaz da vida e desencadeou a sua busca pela iluminação. Ele viajou para a China e treinou para se tornar um mestre budista, mas quando retornou ao Japão para difundir o que ele aprendera como uma forma nova de budismo, foi recebido com muita resistência e repressão.


Querer libertar-se do sonho é em si mesmo um sonho.
(Bassui Tokusho)


Gasshô

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Os ventos da minha mudança...

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Estamos mudando - temos de mudar -

e não podemos impedi-lo, assim como

as folhas não podem impedir-se

de amarelecer e cair no outono.


D. H. LAWRENCE

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ser apenas...


Nunca posso dizer completamente para você o que ocorre comigo. Quando uso palavras, isto soa (e é) inadequado e pouco convincente. Se continuo a exprimir outras partes do que ocorre em mim, me prolongo tanto, que você se cansa de ouvir.
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Você quer saber o que realmente está acontecendo comigo, como se houvesse apenas uma coisa que pudesse ser real. E eu, consciente do que estava acontecendo comigo, observo agora que isso mudou, e me dou por vencida.
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Finalmente, fui obrigada a verificar que a única maneira ao meu alcance seria descrever cada aspecto numa folha separada e transparente, empilhar todas as folhas e segurá-las contra a luz, a fim de que as pessoas olhassem através delas.
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Então veriam apenas confusão. E antes da primeira folha ter sido escrita, alguma coisa nela e em todas as outras já tinham mudado. É tolice ter alguma idéia fixa sobre mim mesma: só posso observar o que está ocorrendo comigo, agora.
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E eu sou a única pessoa que posso me conhecer completamente.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Viagem e maionese...


......Já sentia o cheiro dos lilases, não se ouvia música, mas o aroma das flores e da terra se fazia sentir. Para onde olhava tudo parecia perfeito. Metade do céu tinha o rubor do pôr-do-sol. Permaneceu assim, em silêncio. Viajando pela atmosfera com seus sentidos como se pudesse voar. Havia nela a paixão de contemplar a vida. Gostava de ler livros que descrevia os meandros da alma humana.
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.....Passou sua tarde assim, deslizando pelos jardins, pelas avenidas, pensando em como seria viver uma vida sem compromissos, cobranças e regras. Apenas viver e sentir seu coração pulsando com alegria. Um dia ela ainda viveria assim, prometia isso pra si mesmo. Acelerou o passo, lembrou que já estava quase na hora de servir o jantar. Entrou no mercado, tirou a lista da bolsa e começou a ler a única poesia que fazia parte da sua vida. Arroz, feijão, farinha, ovos, cebola, papel higiênico, frango, detergente, maionese...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Naquele dia, naquele parque...


..........Depois de algum tempo, ele resolveu mudar de vida. Mudar alguns hábitos que já estavam ultrapassados. Talvez assim vivesse melhor, mesmo sem ela e aqueles passeios que sempre faziam juntos. Resolveu então entrar numa academia, e depois de algumas semanas, seus músculos já faziam a camiseta esticar. Largou o livro e começou a olhar aquela foto que lembrava que um dia fora feliz com ela. Gostaria de pelo menos revê-la. Ma ela havia sumido. Disseram para ele que isso poderia acontecer um dia com sua falta de atenção, mas ele não acreditou e a deixou partir. .

.......Tentou ter notícias pelo jornal, mas nunca obteve respostas. Ele achava-se uma boa pessoa. Afinal de contas ganhava bem e não fumava, levava bem a vida e pagava seus impostos em dia. Ele teria sido um bom companheiro. Sabia disso. Preparava-se para isso: lia revistas e livros sobre o assunto. Mas ela simplesmente o deixara. Ele não entendia isso. Mas tudo bem, ele decidira não mais pensar nela, ela devia estar obviamente perturbada de sumir assim da vida dele. .

......Mas o que ele não sabia que todos esses pensamentos levianos se resumiam a uma mentira inábil para revelar que ele, na verdade, sabia muito pouco sobre companheirismo, amor e cuidado. Eis, porém, a verdade: ele encontrara a sua inutilidade quando esquecera sua cadela, tão estimada por toda a família no parque.

domingo, 12 de julho de 2009

Muita areia, caminhãozinho quebrado...

....Seus cabelos pretos, seus olhos claros, sua boca carnuda acentuava toda sua sensualidade.Trajava um vestido simples, porém provocante. O que fez ele se sentir mais obcecado por aquela mulher.
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.....E sem conseguir se controlar na presença dela, num impulso selvagem a agarrou. Seus lábios se colaram aos dela. Ela não o bloqueou. Segurou o rosto dele entre suas mãos e o beijou.
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..... Sua língua deslizou por entre os lábios dele. Avançou mais e passou o indicador em direção entre os botões de sua camisa e começou a desabotoá-los, um a um.

......Ele tinha tanto desejo de possuí-la enquanto estava distante, enquanto ruas e avenidas, muros e paredes o separavam. Uma distância que o fazia sonhar a cada noite.
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....Agora, se via sufocado pela fantasia que ele tanto sonhara e que havia virado realidade. Já não tinha controle sobre nada ao olhar para aquela mulher. E estas foram às preliminares, a carícia inicial de que eles precisavam, o beijo necessário para se entregarem aos encantos daquela paixão que certamente iria enlouquecer a vida dele.

....Rolaram na cama e se entregaram ao desejo. Com seus pequenos gritos, suspiros e gemidos, ela lhe sinalizava a maneira como gostava de ser tocada.

....Porém, depois de tantas carícias, ele queria se fundir dentro dela e desaparecer. Pois a vontade de satisfazê-la era tão grande que sua ereção se perdera em sua ansiedade e não conseguira mais nada além de se lamentar.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

MOBY DICK


Estou lendo MOBY DICK de Herman Melville.
Estou quase lambendo o livro de tanto que estou gostando dele.


Eis aqui um trecho do livro, uma conversa entre o Capitão Ahab e Starbuck:


"Vingança sobre uma besta que não fala!", gritou Starbuck, "que te atacou simplesmente por um instinto cego! Loucura! Sentir ódio de uma criatura muda, Capitão Ahab, me parece uma blasfêmia."


"Escute aqui mais uma vez - uma palavra um pouco mais profunda. Todos os objetos visíveis, homem, não passam de máscaras de papelão. Mas em todos os eventos - na ação viva, na façanha incontestável - revela-se alguma coisa desconhecida, mas racional, por detrás desta máscara irracional. Se um homem quer atacar, que ataque através da máscara! Como pode um prisioneiro escapar a não ser atravessando o muro à força? Para mim, a baleia branca é o muro, que foi empurrado para perto de mim. Às vezes penso que não existe nada além. Mas basta. Ela é meu dever; ela é meu fardo; eu a vejo em sua força descomunal, fortalecida por uma malícia inescrutável. Essa coisa inescrutável é o que mais odeio; seja a baleia branca o agente, seja a baleia branca o principal, descarregarei meu ódio sobre ela. Não me fales de blasfêmias, homem; eu lutaria contra o sol, se ele me insultasse. Porque, se o sol pode fazer uma coisa, eu posso fazer outra, visto que sempre há uma espécie de jogo lícito, e há o zelo reinando sobre todas as criações. Mas esse jogo lícito não me domina, homem. Quem está acima de mim? A verdade não tem limites."

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Férias

Estou cá em Fortaleza!
O dia é assim.
Na praia.
Sombra, leitura e água fresca.

E de noite é assim.....



quarta-feira, 24 de junho de 2009

Caminhos...

Não eram as nuvens que tapavam o sol naquele dia, a escuridão provinha de dentro dela. Um prazer que ela não conseguia mais renunciar. Estava maravilhosamente e apaixonadamente egoísta. Disposta a ceder à pressão, ela falou tudo o que havia em seu coração. Um coração que talvez não saberia abrigar um envolvimento tão intenso naquele momento.
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Ela teria dificuldade em controlar esse sentimento que já a aterrorizava. Falaria com uma voz suave, diria palavras belas, palavras puras e sinceras. Pegaria sua mão. Entregar-se-ia para ele.
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Nos primeiros encontros apenas conversavam. E se entendiam nas palavras ditas e nas não ditas também.
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E, por fim, fizeram amor, não foi nada extraordinário a principio, mas isso não importava muito, porque seus corpos finalmente se tocavam. Depois iriam se acertar. Tinha sido apenas um começo, uma possibilidade de relaxar e respirar para o que ainda aconteceria. Um amor profundo com renúncia, compreensão e espera com benevolência ou uma paixão violenta com gritos, fugas, encontros e desencontros.
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Qual caminho seguiriam?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Em terapia


.....Um impulso irresistível a levara a aproveitar daquela tarde deliciosa. Uma intimidade mascarada, insuflada pelo talento de ambos para conversação. Ela revelara todos os seus segredos. Agora já não sabia se deveria ter feito, mas não iria pensar nisso agora.
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....Como não sabia como dizer aquilo que ela própria desconhecia, preferiu ser direta. Como sempre fora. Havia pressa. Tanta coisa para dizer e tantas coisas poderiam acontecer.
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.....Gostaria de viver aquilo tranquilamente e intensamente. Mas poderiam surgir ali sentimentos de ciúmes e isso não lhe parecia algo positivo.
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.....Mas tudo bem, um roteiro seria escrito, depois repassado, corrigido, reescrito, cenas cômicas seriam acrescentadas, e assim seria, como num possível caso de amor romântico. Tudo terminaria bem, ela precisava acreditar nisso. Seria uma experiência válida.
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.....Como na vida de escritores. Uma vida com alguns erros, contraindo algumas depressões, para depois colher os frutos e escrever um novo livro.
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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Carta Aberta ao Amor.

Quando uma blogueira amanhece apaixonada pela vida, logo o blog se torna cor de rosa. Não gosto de ficar falando sobre minha vida pessoal, quem acompanha meu blog, sabe que minha preferência se permeia nos contos.
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Mas, como tudo tem sua exceção, às vezes me mostro sentimental e me satisfaço com algumas poesias. Porém, mas do que isso, hoje será um pouco diferente. Falarei sobre o amor. O amor que faz com que eu me apaixone cada dia mais. Para o que me faz mostrar o quê é o amor em todas as suas nuances.
...
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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sedução e Seduzido


....... Dois seres se misturavam. Deixaram de lado os seus fantasmas, toda a rotina da vida. Estavam nus e excitados, com seus pequenos suspiros e gemidos. Instintos por muito tempo sufocados, seus corpos se revelavam com toda volúpia possível.
........ Ela sinalizava como gostava de ser tocada. Ele queria se fundir dentro dela e desaparecer. O gozo lhes forneceu a devida porção de prazer. Seu rosto relaxava naqueles seios doces.
.........A noite chegava ao fim e cada um seguiria para suas vidas rotineiras. Ele gostaria de poder dizer alguma coisa. Ela não, deixou isso claro e sumiu em direção ao banheiro. Ele observou suas nádegas e lamentou achá-las tão bonitas. A perfeição de suas curvas não combinava com seu desejo por sexo selvagem.
.........Ela saiu do banheiro e foi embora sem deixar pistas para um possível novo encontro. Ele ficou na cama a lamentar e a chorar, mais uma vez sentia-se usado pelas mulheres em busca de prazer.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Por Trás dos Bastidores


Todos somos cheios de falhas, de dificuldades, é eu sei. Mas eu vejo essas coisas com pesar. Eu sou da opinião de que você só deve freqüentar um lugar quando sentir afinidade pelos propósitos do mesmo, quando sentir que “lá é o seu lugar”. E não apenas por interesses fúteis ou desvaneios.
.Estou falando sobre isto que é para tentar encerrar um ciclo de sensações ruins que estão presentes em mim há algum tempo.
.Tenho visto algumas coisas que me decepcionaram. Algumas me deixam até meio indignada, fazendo com que eu me pergunte até que ponto a soberba tornam-se cenário para o disfarce da mais pura dificuldade de SER, de questionar, refletir, de relacionar-se com VERDADE.
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Às vezes tenho a impressão que a vida pode se tornar um grande “circo”, numa prisão de regras veladas: você teria que marcar presença todos os dias, ter constantemente a “leveza” de não ser sincero demais ou profundo demais, simplesmente artificial, apenas uma coisa banal.
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terça-feira, 14 de abril de 2009

Sonhando com Bukoswki


Meu sonho com o Charles Bukowski:
(Aviso: quem já leu no http://diariosroubados.blogspot.com/ não leia aqui, mudei poquíssimas coisas)

“Estava um dia ensolarado, eu leve e saltitante andando pelo shopping, serelepe e contente, quando passo pela livraria cultura e vejo um cartaz e naquele momento haveria uma tarde de autógrafos(do além, é claro) com o Ilustríssimo Bukoswki. Sem tibuteiar apanhei meu livro preferido dele o “Misto Quente”(sonho é sonho né, e é claro que meu livro por um acaso estava na minha bolsa naquele exato momento) e corri para a fila. Claro que não tinha ninguém na fila e dei de cara com ele.
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Com um sorriso amarelo falei carinhosamente:
- Olá Buk, me dá um autógrafo?
- Puta que pariu minha filha, ele disse olhando para parte de trás, eu autografo tudo o que você o que quiser e onde você quiser.
- Obrigado, Sr. Bukoswki.
- Pode me chamar de Buk mesmo, aceita uma bebida boneca?
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Pronto lá estávamos eu e ele num bar como num passe de mágica, como eu disse, sonho é sonho.
- Qual é o seu nome?
- Barbarella.
- Sei, logo que vi que você é gostosa como a Barbarella do Roger Vadim. Quero ser seu Vadim agora, posso?
- Que é isso Buk, assim você me deixa sem graça. Você quer fazer um filme comigo é?
- Não boneca, quero te pegar que nem o Vadim pegava a Barbarella, ou você não sabia que aquele filme só foi um pretexto para o Roger Vadim(Diretor) pegar a Jane Fonda.
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- ...(sorriso mais amarelo ainda)... Olha vamos falar sobre literatura, sabe que eu adoro ler seus livros e também do...
- Deus do céu, não me venha falar daquele gay do Hemingway.
- Não na verdade eu ia falar que gosto muito do Shopenhauer e...
- Pior boneca, o shopenhauer era azedo daquele jeito por falta de mulher, se ele tivesse mulher, ele seria menos chato.
- Ok Buk. Então vamos falar de um outro escritor, vamos falar de você, eu sempre quis saber como era o Charles Bukowski?
- É. Eu também. Mas boneca me responde uma coisa, mulher bonita “fode”?


Pronto, agora sim ele realmente tinha conseguido me deixar sem graça, senti meu rosto enrubescer como se tivesse em erupção. Devo ter ficado tão vermelha que senti todo o meu corpo também quente. Foi quando acordei e me dei conta que tinha pegado no sono embaixo do sol das 14h00 na praia depois de beber umas e outras cervejas e com um livro do Bukowski ainda aberto em cima dos meus seios. É. Definitivamente esse Buk mesmo no além continua um velho safado.

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Post antigo que fiz para o http://diariosroubados.blogspot.com/
Resolvi postar por aqui também. É a crise.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Verdadeiro Conto de Fadas...

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"O MENOR CONTO DE FADAS DO MUNDO"
(Na minha versão)
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Era uma vez uma moça apaixonada que pediu um rapaz em casamento:
- Você quer se casar comigo, meu amor?
Ele, insensível e arrogantemente, respondeu:
NÃO !
A moça largou o bordado, foi estudar, virou uma advogada de sucesso,
ficou rica, foi viajar, jogou tênis,
conheceu outras pessoas interessantes, casou com um milionário,
sempre estava sorrindo e de bom humor, fazia Ioga, sempre ia as compras e ao salão,
bebia prosecco com as amigas sempre que estava com vontade e nunca lhe faltava nada.
O rapaz ficou desempregado, barrigudo, broxa, sozinho e se lascou.
E a moça viveu feliz para sempre.
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Fim.

sábado, 21 de março de 2009

"Odeio quem me rouba a solidão...


Não faça isso
não tente me fazer feliz
não traga brilho para a minha vida
eu já me acostumei com uma vida sem graça
sem espasmos
sem você
não de chances para minha empolgação
não de asas para essa ilusão
não quero me envolver
não me provoque
quero a minha vida chata
sem você, sem graça
apenas eu e uma cachaça
não, não me venha com galanteios
nem com flores
não venha com esse convite encantador
não me tire à melancolia
não me roube à solidão.
_________________________________________________________
Seguindo o pensamento de Nietzche : "Odeio quem me rouba a solidão
............................................ ........ sem em troca me oferecer verdadeira companhia."

quinta-feira, 19 de março de 2009

Presente de Deus


Lembro-me daquele dia em que te esperava naquele corredor frio, sozinha, chorando, sem ninguém para desabafar.

Lembro-me do dia em que cheguei de viagem, em que te vi daquele jeito tão magra, pálida, fraca e sem esperança para alegrar.

Lembro-me das inúmeras vezes que chorei em silêncio naquele hospital, para esconder de você um pranto que insistia em se soltar.

Lembro-me das vezes em que pairava no ar um desespero, como uma bomba relógio e que eu não sabia o que te falar.

Lembro-me e lembrarei de todos esses momentos em que passamos juntas, para sempre agradecer a Deus por você retornar tão bela, tão suave para seu lar. E que a partir de agora, não perderei mais nenhum dia, mais nenhum momento que não seja para te amar e valorizar sua presença na minha vida.


Para minha mãe.
Ps. Na foto, eu e minha mãe em Nova York.

terça-feira, 3 de março de 2009

Ela. Ele.

Era somente um dia a mais, como outro qualquer. Lá estava ela distraída, com pensamento em coisas banais. Talvez naquele dia ela não tenha percebido o que estava acontecendo, mas o que houve naquele momento não voltaria mais no tempo, e nem palavras para que as descreva.

Ficou extasiada ao conhecê-lo. Ficou emudecida com tal habilidade que ele tinha com as palavras, apesar de sua timidez impedir que ele se soltasse mais. Mas bastou um olhar para que ela se perdesse nele. E assim foram, embolados, seduzidos no ritmo de suas conversas. Ela conseguia ser mais aberta com seus sentimentos, ele guardava para si. Ela falava, ele corava. Ele tentava se abrir loucamente, balbuciar alguma coisa, mas era difícil para ele reconhecer que ali estaria sempre seguro. Ele tinha medo. Medo do que ele talvez não poderia suportar, ou descobrir que era exatamente aquilo que sua vida almejada suportar no momento.

Somente aquilo. Nada mais. Algo simples, porém peculiar em sua intensidade.Ela acabou, enfim, tropeçando em suas próprias palavras. Um tropeço proposital, para perder um pouco daquela nostalgia, das regras, das preliminares, perder o equilíbrio para que pudesse ser amparada pelas mãos dele.

O entusiasmo foi suficiente para que a partir dali não houvesse outra coisa a ocupar-lhes os pensamentos ou outra vontade que não a de ver o outro. Já não haveria mais sossego nas noites solitárias, ele lhe roubara o sono, ela lhe roubara a melancolia.

E assim começaram uma vida nova, mesmo que tudo não saísse dali, mesmo sem um pequeno toque, mas ela sabia, ele sabia, que era o suficiente para viverem aquela paixão, na medida certa, nem muito, nem pouco, apenas uma paixão que vem como uma brisa.
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sábado, 21 de fevereiro de 2009

Preâmbulo

Entenda meu amor, o que acontecer entre a gente será sempre culpa sua. E se a culpa for minha, posso colocar em quem eu quiser, então escolherei você. Então entenda isso e seremos muito felizes. Poderemos e teremos alguns desentendimentos. Mas saiba, que eu sempre voltarei. Dividiremos as dificuldades na mesma proporção que a felicidade. Posso fazer você feliz e, provavelmente, o farei.

Poderemos ter problemas financeiros também, mas tudo bem, ficaremos sem umas das várias viagens que faremos em lua de mel. Teremos filhos? Quantos você quiser eu te darei, mas não abrirei mão de alguns momentos de sexo com loucura como se fôssemos adolescentes. Ou se você preferir poderemos ser apenas eu e você.
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E quando ficarmos velhos, sentaremos na praça e sonharemos que ainda temos tempo para sonhar. Sempre estarei ao seu lado, não tenha dúvida. Mesmo culpando você por toda minha infelicidade, continuarei ao seu lado. A culpa, o ciúmes, o medo, a insegurança também poderá nos acompanhar em alguns momentos, lhe mostrarei como enfrentaremos esses sentimentos e tudo vai ficar bem, prometo. Garanto que sua felicidade estará garantida e serei feliz se assim for. E morrerei ao seu lado, seja como for.
Então, você me aceita?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Cansei

Cansei dessa vida de opções equivocas, alienadas e precipitadas.

Cansei dessa vida de que não se vive.
Cansei dos joguinhos. Cansei das mentiras.
Cansei das falsidades. Cansei da Hipocrisia.
Cansei das palavras não ditas. Cansei das ditas também.
Cansei da competividade.
Cansei das pessoas que dizem que são sinceras. Quem é, não precisa dizer.
A vida é mais simples do que isso. Preciso de espasmos.

Entretanto, antes de tudo, preciso de mim mesmo.
Cansei de ser moderna e certinha. Prefiro ser eterna, profunda e insana.

Cansei de ter que gostar do que é certo. Quero fazer até o que não faz sentido, quero sentir prazer aos poucos, cansei de não me permitir amar, cansei dessa vida que não se morre um pouco por alguém.

Cansei de esperar. Cansei de ter calma. Cansei de ser chata.
Prefiro a loucura de viver e estar se sentindo vivo. E não apenas ver os dias passar.
Esperar o dia seguinte.
Cansei do amanhã, quero o hoje, quero o agora e quero já.
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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Entre umas e outra

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..........Tinha uma idéia genial. Mas esqueci. Então nada de conto, nada de poesia. Apenas eu, um computador e uma garrafa de cerveja. É, pois prefiro cá minhas cervejinhas. Mas se você preferir maconha, ácido ou seringa, o problema é seu. E se achar que assim deve ser, tudo bem, assunto encerrado.


..........Então mudemos de assunto. Hoje é sábado, está fazendo calor e a lua está assanhada, e o que é que se pode fazer com uma noite dessas?

..........Eu não sei você, mas eu é que não irei usá-la aqui de frente para o computador. Blog com um post novo é que nem homem, quando não é bom, nem vale perder tempo. E tenho dito. Todo o resto é delírio romântico.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Na margem do rio

"Eu vou pôr meu fardo no chão
Na margem do rio
Não vou mais me preocupar com a guerra
Vou pôr no chão minha espada e meu escudo
Na margem do rio
Não vou mais me preocupar com a guerra..."


Retirado do livro "Anticâncer".
Sei lá, esse poema me emocionou até as lágrimas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Confissões

Todo esse tempo
Você nunca me disse uma palavra de carinho
Mesmo assim eu te amei
Todo esse tempo
Nunca recebi uma carta sua
E mesmo assim, continuei a te amar
Odiei também algumas vezes
na mesma proporção
Não vou negar
Mas confesso que continuo a te desejar
O que há de se fazer?
O que se há de fazer?
No meu vocabulário não existem meio termos para amar.
Só sei dizer assim. Só sei sentir assim. Você nunca entenderá.
Simples, porém intensa.
Tenho uma pretensão que um dia tudo isso acabará
Assim como o sol se porá, talvez esse amor também partirá.
Mas como agora, você não perceberá.
Porém, enquanto o sol não adormecer
As possibilidades existirão.
Apesar de tudo parecer sempre ir à contramão.
Apesar de sermos assim tão diferentes.
Eu sempre com meu coração à mostra,
pensando em você,
no silêncio da minha solidão.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Achmed



Gente, olhem isso!
Eu rio, eu córrego, eu lago. Muito bom mesmo.
O Jeff Dunham manda muito bem.

"Silence, I kill you!"

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

E você ainda lê o que eu escrevo?

Barbarella não acredita em duendes. Barbarella tem medo do escuro. Barbarella acredita em anjos. Barbarella vive no mundo da lua. Barbarella se contradiz. Barbarella se ilude. Barbarella chora. Barbarella quando chora é uma chuva de lágrimas. Barbarella chorou quando assistiu Norma Desmond (Gloria Swanson) no final do filme “Crepúsculo dos Deuses”. Barbarella não sabe se vestir, vive descabelada, não usa brincos, não sabe se expressar, tem medo de pessoas neuróticas, vive apressada, assustada, não gosta de filas, filmes de terror, moscas, sujeiras, bagunça. Barbarella é sem noção. Barbarella já está ficando chata, anacrônica e tímida. Barbarella está sedentária demais e bebe que é uma desgraça. Barbarella se fosse uma cabra, macaca ou uma vaca seria expulsa do convívio da espécie...

Então, até que eu tenho um certo charme, né?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Amor e suas intenções

Por que estás assim?
Não percebes o quanto te amo e o quanto te desejo
Na hora de dormir só quero estar com você
Na hora de sonhar só penso em você
Quero seguir seu caminho, seus passos
Leva-me contigo meu amor
Por onde for
Por onde estiver
Lá estarei eu
Sempre ao seu lado
Como no princípio
Como agora e
.................................................Até o fim
.................................................Eterna serei para ti
.................................................Eterno serás para mim
.................................................Te amarei assim
.................................................Profundamente
.................................................Serei sempre sua
.................................................Que me desnuda
.................................................Apenas com seu olhar
.
.................................................Seremos sempre inseparáveis
.................................................E implacáveis na arte de amar.

......................................................................**
.
Ps. Oi, para quem ainda não me conhece, prazer, Barbarella.
(Poesia antiga, do velho "crônica". Resolvi postar novamente. Ah, deve ser porque ando meio melancólica, sorumbática. Dizem que o amor supre a carência, completa os espaços, supera os temores. Então, quem sabe...)
.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Um causo

Numa cidade distante, um senhor vivia modestamente como um xamã. Era amado por todos, pois o velho não poupava esforços para usar todo o seu conhecimento para curar as moléstias de quem precisasse.
Todos o chamavam apenas de “o anjo”. “Ele sabe tudo” - era o que comentavam entre si - “ um sábio com um maravilhoso coração angelical”. Assim tornou-se indispensável para a cidade, onde até loucos ou bandidos eram considerados amigos e o respeitavam.
Porém, numa certa manhã foi encontrado assassinado. A dor dominou todos o moradores daquela cidade, o desespero era evidente e sem poder acreditar, perguntavam-se: Quem poderia ter matado o nosso “anjo sábio”?

E mesmo com o crânio perfurado por um machado, e com todos os sinais de que fora assassinado, concluíram que não tinha sido um assassinato e que os sinais tinham sido mera coincidência, o “sábio” na escuridão, deve ter caído por si mesmo e feriu sua cabeça sangrando até a morte.
E assim a cidade segue até hoje, em vista do fato de que não poderia existir no mundo uma pessoa com tanta baixeza e perversidade que fosse capaz de matar uma pessoa tão boa como aquele velho bom sábio.

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ao avesso

Momentos em que o silêncio da vida
às vezes impõe,
a angustia provocada sem vírgula
sem pontos nem espaços
muito menos parágrafos.
Tudo ao mesmo tempo.
Do nada um sorriso querendo
contradizer tudo.
Uma única vontade com alguns desejos.
Um amanhecer
com um jardim florido
ou uma noite de sono tranqüila
acalentada pelo frio.
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.
Ps. Meus amigos tenham paciência comigo, não esqueci ninguém. Estou ausente mas não por acaso. Infelizmente estou passando mais tempo no hospital cuidando da minha mãezinha querida. O destino lhe trouxe aquela doença que começa com"c" e termina com "r". Mas estou confiante, dará tudo certo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Paraíso sim senhor.







Tirei essas fotos hoje no morro da "Praia dos Coqueirinhos".
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Gente, estou no paraíso! "Vissiii"

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Férias... ê vidão.


Ando cá em João Pessoa.
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Ando tão preocupaaada!
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Será que amanhã eu almoço aquela moqueca de camarão, ou aquela lagosta??
E a cerveja, será que vai estar tão gelada que nem hoje?? ô vida.
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ô dilíciaaaaaaaaa...