domingo, 30 de novembro de 2008

Minha vida

Hoje não terá poesia, hoje não terá conto. Hoje será um passeio pelo meu mundo e você está convidado a conhecer o meu refúgio, se assim o desejar. Moro em apartamento. E a minha sala sempre tem espaço para mais um. Na janela tenho um mensageiro dos ventos, adoro o barulhinho que ele faz e gosto de incenso também. Dragão chinês, jardim zen, velas coloridas e perfumadas e duas gueixas darão às boas vindas discretamente na mesinha de centro à quem vêm. Tenho também em outra mesinha dois monges tibetanos em meditação para me lembraram que a pressa de nada adianta. Mas eu sempre me esqueço disso.
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Gosto de me reunir com os amigos, e para não sair muito de perto do meu recanto e do meu rebanho, trouxe um pouco do frisson dos barzinhos pra dentro de casa. Minha cozinha é do tipo americana, que é onde mais gosto de beber alguma coisa enquanto falo sobre a vida com amigos. Quem senta nas banquetas visualiza minha mandala que pintei num plat.
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Sim, gosto de pintar. Logo no corredor tem uma pintura que fiz na aquarela, e meus amigos até hoje juram que eu imprimi na internet. Sinto-me lisonjeada, porque deve estar bem feito então. Na minha geladeira sempre tem duas garrafas de vinho tinto seco descansando para a próxima ocasião. Gosto de cozinhar, e sei cozinhar do básico como arroz, feijão, bife e batatas fritas, ou os almoços que gosto de fazer aos finais de semana mais requintado. Gosto de chá e já fui vegetariana.

Não sou muito vaidosa, gostaria de ser mais. Alguns dizem que eu tenho sorte de ser “bonita” por eu não gostar de me arrumar muito. Não sei se entendo isso como um elogio ou uma crítica disfarçada ao meu desleixo. Não uso brincos, nunca me lembro de colocá-los. Também quase não uso maquiagem, prefiro o natural. Tenho uma tatuagem. Não brigo muito com meu cabelo, poupo as energias para as brigas com a balança. Adoro usar sandálias baixas, acho mais confortável. Para ser psicóloga não tem problema, mas receio que como advogada não terá escapatória aderir aos saltos. Tenho várias bolsas, mas sempre uso a mesma. Tenho roupas que nunca usei. E vivo fazendo um limpa para doações. .
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Gosto de ligar o som as vezes e dançar no meio da sala. Mas na maioria escuto músicas clássicas. Faço yoga entre um móvel e outro quando dá. Adoro ver filme e ler um bom livro. Não tenho mais espaço para guardar-los, mas continuo comprando. Nunca sei onde meus óculos estão, apesar de ter 3 por precaução. Uso-o para ver televisão, dirigir ou assistir aula. Sou míope.
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Adoro frio, adoro dormir com o ar condicionado ligado. Gosto da minha casa, do meu lar. Estou habituada com o que tudo nela compõe. Estou habituada também ao amor. Aprendi a amar e ser amada, mas aprendi também a perder. As pessoas que me conhecem dizem que eu transmito paz com meu jeito tranqüilo de ser. Eu sou assim. Embora tenha toda a ansiedade capaz de tirar meu sono. Mas em tudo sou simples. Minha vida é simples e tento mantê-la assim. Tenho tudo que eu preciso. Deus foi e é generoso comigo. Se mereço, não cabe a mim dizer. Essa sou eu. Se decepcionei alguém, lamento. Mas nada mudará.

É isso.

17 comentários:

Laila disse...

Acho que imaginei direitinho.
Me identifico no caso de nunca encontrar os óculos... miopia é mesmo um problema.
Você já pensou em fazer a cirurgia?

Varotto disse...

Falar em "livro aberto"...

Só faltou o número do CPF. ;o)

Thiago Dalleck disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
George Marques disse...

Dalleck, você esqueceu de dizer que ela cozinha bem xD

E pelo jeito ela não deve demorar quando se arruma pra sair (sem brincos, quase sem maquiagem...)

Deve ser fake mesmo xD

Varotto disse...

O problema é descobrir na hora H que Barbarella é, na verdade, Waldemar Ferreira :o))

(Piu-piu de Marapendi mode: on)*

* Citação difícil... Essa, provavelmente, é só para quem tem na faixa dos 35 anos.

Varotto disse...

Ei, menina...

Não ficou ofendida com minha brincadeira não, né?? :o)

Varotto disse...

Infelizmente não sou orkuteiro, orkutista, sei lá...

Mas acredito na sua palavra. ;o)

Gilmar Gomes disse...

waldemar... heueuheuehuehuehe...
prosseguindo.

gostei, gostei...
eu não gosto de escrever sobre mim dessa maneira, citando características e tals (acho que atéjá fiz isso, mas não gosto), mas acho que minha crise dos 30 estáme fazendo ter mais o que escrever... creio que farei um post assim logo logo (com as características da coluna, claro).

Mas só pra citar, 2008 me trouxe minha filhota, meu novo (e bem melhor emprego) e pra fechar o ano com chave de ouro, passei no vestiba e vou fazer Marketing... Isso q é um ano pra não deixar crise dos 30 pegar.

Como eu disse, no princípio, não gostodefalar de mim... e quase fiz um post aqui.... ehueeuheuheuhe
fim da piscada.
seu texto ficou muito bom demais (o que não é novidade) e desculpe por eu ter demorado para comentar.

Varotto disse...

Engraçado...

No meu computador, os comentários da Barbarella, e somete eles, desapareceram, então fica parecendo que eu estou maluco, falando sozinho.

Barbarella disse...

Não Varotto, é que eu apago mesmo... sorry, a maluca sou eu.

Não vou apagar mais tá. Prometo.

Varotto disse...

Apagando os rastros...

Muito suspeito...

Marcio Sarge disse...

Moça?? Me chama pra almoçar rs?

Barbarella disse...

Esse Waldemar é fogo viu...rsrs

mas olha só, você estava falando de uma música né:

"O nome dela é Waldemar..."

eu lembro dessa música... ahahaha

Varotto disse...

É essa mesma.

O grande clássico "Eu hoje vou me dar bem", do glorioso Piu-piu de Marapendi.

Quando, depois de levar para jantar, nas areias de Copacabana com aquele monumento, ele pergunta seu nomezinho, e escuta:

"Meu nome é Waldemar Ferreira"

Naquele tempo a medicina estava em um estágio ainda muito primitivo, mas hoje em dia o Piu-piu teria seu Ronaldismo diagnosticado a tempo.

Magna Santos disse...

O blog da Marina me trouxe aqui e fiquei satisfeita com o que vi. Gostei da forma sincera com que fala. Beijo. Magna

Sir Lucas disse...

Toda rotina, todo ser humano é fascinante. Suas histórias. Só nos resta descobir onde. E pensar que são seis bilhões de histórias.

Esse voyerismo ainda nos matará. :D

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny