domingo, 23 de novembro de 2008

Do amor e seus mistérios

Esse final de semana observei com fascínio de voyeur um casal de velhinhos sentados na praça, aparentemente faziam carinho um no outro e logo comecei a imaginar a história daqueles dois: um casamento em cidade pequena, com todos os familiares e amigos (alguns mortos já há muito tempo, alguns beirando), algumas semanas de loucura sexual e depois a vida assentada rumo a um casamento para sempre, com filhos, obrigações, algumas brigas é claro, algumas vezes sexo de rotina sem nenhuma novidade, algumas com loucuras e paixão, seguidas de noites silenciosas com a ternura de cumplicidade e companheirismo. Suspirei. Acho que ando muito sentimental. Ando pensando muito nisso: AMOR.
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Esse final de semana também assisti a um filme “O Caminho para Casa”, baseado num livro de Bao Shido, dirigido por Zhang Yimou. Um drama que conta uma história de amor. Confesso que comecei a chorar na metade do filme pra lá.


O amor para mim sempre foi um mistério. Não saberia dizer com palavras sua definição, mas poderei tentar descreve-lô com uma cena desse filme, em que a "mocinha" corre com um prato de bolinhos de cogumelos na mão, numa distância enorme para entregar para o "mocinho" que está há caminho para uma viagem. E que o mesmo, disse que ia visita-lá para comer os tais bolinhos, mas ocorrendo um imprevisto não pôde ir como prometido e sai para sua viagem sem se despedir dela.

Ela poderia simplesmente ficar com raiva, gritar, quebrar os pratos, xingar até sua última geração por achar aquilo um desaforo. Mas não, quando ela sabe que ele partiu, sem comer os tais bolinhos, ela vai, se joga, sem ponderações, sem esquivas, sem pestanejar, literalmente corre atrás dele. Lindo né.
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Resolvi que quero amar assim, como a moça dos bolinhos de cogumelos. Ando muito romântica mesmo, eu sei. Mas o amor é incrível, uma experiência mais estimulante que a maioria de nós sentiu ou sentirá na vida. Acreditem.

7 comentários:

Camilla Andrade disse...

A COMPANHEIRA está aqui GENTE!!!!!

Ígor Andrade disse...

O amor sempre será um mistério.
Abraço, Rejane!

Antônia Burke disse...

Nossa, acho que eu nunca falei com ninguém que também tenha visto esse filme! Coube muito bem ao post, viu?
Primeira vez por aqui...voltarei!
beijo!

George Marques disse...

Ahh.... o amor =D

Marcio Sarge disse...

Então o anjo dessa casa anda envolto em nuvens em forma de coração?
O amor bate à porta quando menos esperamos, às vezes eles usa trajes sujos, cheira a vagabundo e é pedinte de atenção também.
Nos exige toda atenção e paciência, por isso temos o hábito de deixa-lo ir embora, como se fosse um cupido cegueta.
Mas ele brilha forte, apesar dos percalços, das dores e noites mal dormidas ele é melhor que a solidão.

Beijo moça

Thiago Dalleck disse...

Amor é prosa, sexo é poesia.

"Roberta" disse...

Barbarella!! Adorei seu blog! Adorei seus posts! E este filme! Tb foi meu preferido! Está comentado no meu blog tb! Nem sei como um filme chinês pôde falar tão verdadeiramente de sentimentos que eu julgava serem ocidentais!!
Sabe como achei seu blog? Qdo me dá na telha (=inspiração) escrevo uns contos que assino como Barbarella. Estão postados no meu blog e marcados com a tag do mesmo nome (*Barbarella*)! Ficarei super zen se vc for visitá-lo e deixar um comentário! :-) Abs !! :-) Parabéns pelo Blog! Roberta